A cura solteira

Tenho sido uma solteira.
Não me tenho prendido ao hábito de amar.
Uma desesperança quase mecatronica
Com um fim de ciclo por cumprir.

Sinto um romance perfumado no ar
Uma fotossíntese iniciática
Ainda na fase micro celular
Sinto a como micélio
A penetrar os lugares
Onde os conceitos erróneos
Se aglomeraram
E imperam no agir.

Um perdão pairante,
O desintegrar das culpas,
A cura das tripas,
A limpeza hepática,
O reajuste do esqueleto,
A drenagem completa,
A vitalidade a ser instalada.

Sinto nos metamórficos
E talvez o romance ganhe termos
E me deixe ficar onde eu saiba amar
E ainda me habituar.

Mas,
Tenho tido namoros solteiros
E decidi ficar sem namorar.

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